3 de mai. de 2013

O Resumo 2ª parte











Krishna, O Amor Puro

Reencarnação de Vishnu, Krishna é um dos mais conhecidos avatares. Seu nome significa “escuro”, graças à sua pele de tom azulado. É representado por um jovem formoso, de corpo forte e cabelos anelados. É a divindade que conta com o maior número de adeptos na Índia e em todo o mundo, ao lado de Jesus e Buda. No Mahabharata — a grande odisséia hindu e o mais famoso poema épico de toda a Índia —, Krishna aparece ao lado de seu primo e escudeiro Arjuna. Num dos livros do Mahabharata, o Bhagavad Gita (A Canção do Senhor), Krishna personifica a divindade suprema, enquanto Arjuna representa o ser humano, que encontra em Krishna um guia e conselheiro. É a divindade do amor e também recebe os nomes de Govinda (Pastor), Kezava (O Que Possui Cabelos Abundantes), Gopinath (Senhor dos Leiteiros) e Gopal (Pastor).O mantra de Krishna, ou Krishna Mantra, permite ao discípulo desenvolver uma grande força física e moral. A entoação constante deste mantra proporciona confiança e faz com que o praticante passe a acreditar em sua própria capacidade de realização. Para ele o impossível torna-se possível, a dor se transforma em alegria, e as dificuldades, em satisfação. Deve ser repetido oito vezes ao dia:Om Klim Krishnaya Namah

Alguns mantras relacionados a Krishna

Mantras de Krishna (para felicidade): Om Hrisi Keshâya Namah.

Este mantra pode ser entoado, também, para despertar todos os nossos potenciais.



Govinda é o chefe dos pastores e este mantra é uma alusão ao mestre Krishna, o pastor dos espíritos, entoado por aqueles que buscam orientação mística interior:Om Govindaya Namah.



O mantra que homenageia Krishna, o matador de demônios, deve ser entoado para proteger-nos de inimigos:Om Madhusudanaya Namah.



Este é o mantra de proteção que invoca Vasudeva, o pai de Krishna:

Om Namo Bhagawate Vasudevaya.

A repetição deste mantra sagrado aumenta sensivelmente nosso poder de cura energética :

OM Sri Krishnaya Govindaya Vallabrâva Swáhá.





Lakshmi, A Deusa da Fortuna

É a parte feminina de Vishnu, o conservador, é também conhecida como Sri. Segundo a tradição, Lakshmi é eterna e onipresente. Na Índia, quando alguém enriquece, diz-se que Lakshmi foi visitá-lo, pois ela concede prosperidade e fartura aos homens. Atua também na beleza e no amor. É a deusa da fertilidade. Uma das mãos está posicionada num gesto que nos diz “Não tenhas medo”. A outra se posiciona com os dedos para baixo, como a conceder-nos graça e prosperidade. É representada por uma jovem de cor dourada, sentada numa flor-de-lótus.Com o mantra de Lakshmi, ou Sri Mantra, busca-se felicidade pessoal e financeira. Ao entoar este mantra, o praticante deve conservar junto de si um vaso com flores vivas. Deve ser proferido no minimo oito vezes ao dia: Om Srim Hrim Klim Sriyai Namah.








Shiva, O Transformador

Terceira divindade do trimurti, Shiva é o destruidor. A morte, para os hindus e tântricos, representa a passagem para uma nova fase ou para um novo mundo. Shiva nos mostra que nada é permanente.

Representado como um deus alegre que dança, ama, luta, e tem muito bem resolvido e equilibrado os aspectos masculinos e femininos de sua alma.

Shiva dança sobre o demônio Pamara Purusha, que representa nosso ego inflado.

Representada por um belo homem azul, de cabelos longos, essa divindade tem em evidência, entre os olhos, o ajnã chacra (terceiro olho).

Shiva é conhecido por muitos nomes, como Maheswara (O Grande Deus), Ishwar (O Glorioso), Chandrashekara (O Que Tem a Meia-Lua à Frente), Mritunjaya (O Que Vence a Morte), Isana (O Governante), Tryambaka (O de Três Olhos), Sri Kanta (O Que Possui Formoso Colo), Bhuteswara (O Senhor dos Bhuts, dos Elementos da Terra), Gangadhara (O Que Leva o Rio Ganges nos Cabelos), Sthau (O Imperecível), Mahakala (O Grande Tempo), Girisha (O Senhor das Colinas), Digambara (O Que se Veste Com o Espaço) e Bhagavat (O Senhor).

Sua esposa é Shakti. Embora tenha a vida conjugal mais conturbada da mitologia hindu, por possuir várias amantes, o amor que unia Shiva e Shakti era absolutamente profundo. Devido a esse amor, depois da morte de Shakti os deuses/deusas concederam nova vida a ela, que renasceu com o nome de Parvati.

Shiva é o primeiro avatar (manifestação da lei divina ou do caminho da iluminação) que veio à Terra e é apontado como o criador do yoga.

O mantra de Shiva, ou Shiva Mantra, é utilizado nas práticas de yoga e proporciona consciência, saúde longevidade e alegria com a elevação da energia kundalinî. Para praticá-lo é necessário que se tenha muita bhava (devoção). Deve ser entoado oito vezes ao dia e é um dos mantras mais conhecidos do hinduísmo e do tantra: Om Namah Shivaya.



Shakti, O Poder do Feminino

É filha de Daksha, que por sua vez é filho de Brahma. Recebe os nomes de Uma, Ambika e Devi e simboliza o ideal feminino de sensualidade, beleza, alegria, sabedoria, virtude e sinceridade. Foi a amada de Shiva em sua primeira manifestação na Terra e renasceu várias vezes para tornar a unir-se a ele.

Representada por uma mulher jovem e linda, ricamente ornamentada, sua expressão é serena e seus grandes olhos negros transmitem compreensão e sabedoria. Quase sempre aparece ao lado de Shiva.

O Mantra de Shakti pode ser entoado por homens, mas é especialmente recomendado para as mulheres, já que sua prática constante torna-as mais sensíveis, belas e conscientes. O principal atributo desse mantra é o desenvolvimento do poder de geração e criação. Deve ser entoado oito vezes ao dia:

Om Shaktiaya Namah.

Parvati, A Grande Mãe

É a reencarnação ou outra manifestação de Shakti. Também conhecida pelo nome de Gauri (Dourada), é nessa manifestação que se torna a deusa da atração e da beleza. Representada por uma mulher serena e paciente, seus principais atributos são tipicamente femininos, por isso Parvati relaciona-se a elementos como maternidade, carinho e harmonia. Embora fosse a reencarnação da companheira de Shiva, ele teve dificuldade de conquistar seu amor e só a teve porque Parvati era uma manifestação de sua eterna consorte.

O mantra de Parvati, ou Gauri Mantra, concede ao praticante força consciência pessoal. Deve ser entoado oito vezes ao dia: Om Hrim Gauryai Namah.

Outro mantra de Parvati proporciona contentamento e alegria profissional e deve ser entoado oito vezes ao dia: Om Hrim Gauri Rudradayite Hum Phat Swáhá.



Durga, O poder da Natureza

Outra manifestação de Shakti, Durga é a própria Parvati. Aqui, porém, ela assume a postura de uma guerreira, capaz de eliminar os demônios que prejudicam os deuses/deusas e os homens. Tem uma beleza forte e cativante e, por demonstrar coragem e astúcia, revela outro aspecto da feminilidade, menos conhecido e mais guerreiro. A palavra Durga significa “inacessível”, no sentido de algo ilusório, imaterial.

A deusa também surge sob outras manifestações, com os nomes de Jagaddharti (Mãe do Mundo), Dasabhuja (Deusa de dez mãos), Muktakesi (A que tem cabelos ao vento), Tara (A salvadora), Chinnamustaka (A decapitada), Krishnakrora (A que amamentou krishna), Jagadgauri (Mulher dourada de fama universal), Annapuma (A que traz fortuna), Pratyangira (A bem proporcionada), Singhavahini (A que monta um leão), Mahishamardini (A que matou o demônio Mahisha) e Kali (A negra), esta a mais conhecida de suas manifestações.

O mantra de Durga, ou Durga Hridaya Mantra, proporciona proteção feminina, consciência, sexualidade e segurança. Deve ser entoado oito vezes ao dia: Om Em Hrim Klim Camunda Vicai Namah.

Dentro da tradição tântrica e hindu há dez divindades relacionadas com Durga que conferem atributos variados. Seus dez mantras de sabedoria (Dasha-Mahavidyas) são:

· Bhuvaneshuari (sustentação da vida) é a deusa criadora: Om Bhuvaneshuari Namah.

· Matangi (poder de dominar) é a deusa energizadora: Om Matangi Namah.

· Kali (poder sobre o tempo) é a deusa controladora: Om Kali Namah.

· Bagala (destruição do negativo) é a deusa protetora: Om Bagala Namah.

· Chinnamasta (distribuição da energia da vida) é a deusa iniciadora: Om Chinnamasta Namah.

· Dhumavati (domínio da natureza) é a deusa desafiadora: Om Dhumavati Namah.

· Tara (recriação da vida) é a deusa libertadora: Om Tara Namah.

· Bhairavi (modificações na vida) é a deusa tecelã: Om Bhairavi Namah.

· Sodashi (aperfeiçoamento) é a deusa preservadora: Om Sodashi Namah.

· Kamala (restauração) é a deusa dos poderes: Om Kamala Namah.

Entoe esses mantras 108 vezes ou em múltiplos de 8.




Kali, A Destruição

Uma das manifestações de Durga, Kali é a Mãe Negra, a deusa da morte, (transformações) representada por uma mulher de pele escura e quatro braços. Leva nas mãos uma espada e a cabeça de um gigante a quem venceu e matou. Seus olhos são avermelhados e há rastros de sangue no rosto e nos seios. No passado, a corrente de esquerda do tantrismo dedicava a Kali ritos sanguinários. Sua simbologia deve ser compreendida no aspecto mais profundo, que é, na verdade, a destruição e a morte do ego, do apego e das ilusões, que geram sofrimento. Kali é uma guerreira feminina cuja sexualidade se manifesta em sua forma mais atuante e primitiva, já que os instintos se sobrepõem à sua condição de deusa.

O mantra de Kali, ou Kali Mantra, atua sobre o despertar da energia da vida (kundalinî), eliminando o egocentrismo do praticante e preparando-o para alcançar a maturidade, individação(Jung) e o respeito dos que o cercam. Deve ser entoado oito vezes ao dia: Om Sri Kalikaya Namah.

Ganesha, Sabedoria e Prosperidade

Ganesha é filho de Shiva e Parvati. É cultuado como deus da sabedoria, da superação dos obstáculos e da prosperidade. Sua ajuda deve ser solicitada na execução de qualquer projeto, especialmente naqueles de natureza intelectual, material ou profissional.

Ganesha também está associado à prudência, à diplomacia e ao poder. Arquetipicamente é representado como um homem de corpo robusto e cabeça de elefante. O corpo forte indica firmeza; a cabeça, sagacidade. Sua tromba simboliza o órgão genital masculino, associado à força, e sua boca representa o órgão genital feminino, vinculado à intuição. Dessa forma, Ganesha é a manifestação do equilíbrio perfeito, da interação da força masculina e feminina. Em geral aparece perto de um rato, animal associado ao falso amor, que são o apego e as ilusões, que impedem de enxergar a realidade com clareza.

Ganesha costuma ser representado com apenas duas mãos, mas também pode apresentar quatro, seis ou oito. Embora não seja uma divindade à qual os textos sagrados façam muitas referências, conquistou devotos no mundo inteiro. Na Índia não há praticamente uma casa, templo ou mosteiro em que sua imagem não ocupe lugar de destaque. Além disso, existe uma corrente do hinduísmo que faz de Ganesha objeto supremo de adoração e seus seguidores são chamados ganapatyas.

Essa divindade aparece em várias manifestações ou formas diferentes e cada qual exalta uma qualidade.

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